À medida que vamos envelhecendo, a nossa renovação celular começa a entrar em declínio. Também os defeitos cosméticos como manchas, rídulas e poros aumentados começam a ser mais aparentes contribuindo para uma evolução estética menos favorável.

A partir dos 25 anos pode ser interessante dedicar alguma atenção a estas alterações e considerar o Peeling como um tratamento válido para uma pele bonita sem filtros.

O que são os Peelings químicos?

Os Peelings químicos são tratamentos através dos quais é induzida uma renovação cutânea pela aplicação seletiva de ácidos, cuja finalidade pode ser estética ou terapêutica.

Como é o procedimento para Peeling químico?

O primeiro passo é, naturalmente, a avaliação.

Nesse momento serão definidos os objetivos do tratamento e selecionado o protocolo de tratamento.

Os protocolos variam quanto aos tipos de ácidos selecionados e número de sessões recomendadas. O tempo de recuperação, a rotina cosmética a observar entre peelings e as recomendações de cuidados gerais também devem ser esclarecidos.

Este é também o momento para avaliar se existe alguma contra indicação ao tratamento, como por exemplo: lesões por Herpes activas.

O procedimento consiste na aplicação cuidadosa de um ou mais ácidos sobre a pele com o intuito de promover a renovação mais ou menos profunda da epiderme e/ou derme, a que se segue uma remodelação cutânea. Ao ser “agredida” a pele defende-se produzindo colagenio e esse processo promove a renovação celular favorecendo assim a qualidade da pele.

Que tipos de ácidos existem para realizar peeling químico?

Existem diferentes tipos de ácidos com indicações diferentes. Do mesmo modo, a concentração em que são aplicados implicará diferenças no resultado final do tratamento.

Alguns dos ácidos mais usados em peelings:

Ácido Glicólico para anti-aging e promoção da luminosidade;

Ácido Láctico para hidratação e melhoria do aspeto geral da pele – ideal para peles sensíveis intolerantes a ácidos como o ácido glicólico;

Ácido Azelaico no tratamento das manchas;

Ácido Salicílico para tratamento das peles oleosas e citrinas;

Ácido Tricloroacético TCA para manchas e rugas;

Ácido Retinóico para fotoenvelhecimento, manchas e melhoria da qualidade das fibras da derme;

Ácido Cítrico e Ácido Ascórbico para devolver luminosidade às peles baças e apagadas;

Ácido Ferúlico para combater o fotoenvelhecimento.

A lista de ácidos é enorme e é possível encontrar diferentes fórmulas para as mais diversas indicações, para os diferentes tipos de pele, inclusive as mais sensíveis.

Quais as vantagens do peeling?

Dependo dos protocolos usados, podem incluir:

Diminuição de rugas e rídulas

Redução de manchas e cicatrizes de acne

Redução de poros dilatados

Suavização de hiper pigmentação e melasma

Tratamento do fotoenvelhecimento

Controlo da produção sebácea

Estimulação da produção de colagénio e elastina resultando na melhoria da sua qualidade

Melhoria da textura, espessura e luminosidade

Pele rejuvenescida e bem hidratada

Quais os tipos de peeling?

Os peelings podem ser classificados de acordo com a sua profundidade. Os mais profundos têm resultados mais dramáticos, comportam riscos mais significativos e um tempo de recuperação mais longo. Os mais superficiais envolvem muito poucas ou nenhumas restrições na vida social, mas geralmente implicam tratamentos com múltiplas sessões.

Superficial – o menos invasivo de todos e atua na camada mais superficial da pele, a epiderme. Estes peelings podem ser usados no tratamento de rídulas, clarear manchas, promover a luminosidade e o anti envelhecimento e até a melhoria da hidratação.

Médio – aqui a sua aplicação inclui a utilização de ácidos que atuam ao nível da epiderme mas também da derme. Este tipo de peeling pode estar indicado no tratamento de rugas, acne e cicatrizes, entre outras tantas indicações.

Profundo – neste caso a atuação é mais profunda, até às camadas inferiores da derme. Usado em lesões pré-cancerígenas, rugas e cicatrizes. Tem um tempo de recuperação de algumas semanas, deve ser observado um cuidado pós-tratamento rigoroso e é feito em sessão única.

Que peeling é o mais adequado para a minha pele?

Existem inúmeros tipos de peelings sendo determinante escolher qual o mais indicado para a sua pele!

Antes de se submeter ao procedimento, é fundamental realizar uma avaliação com um profissional qualificado, para esclarecer a indicação ideal para o seu caso. Essa análise ajuda a otimizar os resultados e evita complicações durante e após o procedimento. Peelings realizados inadvertidamente podem causar irritações, alergias, manchas, bolhas, feridas, reativações de herpes ou mesmo queimaduras.

Quais os efeitos secundários de um Peeling?

O que vai sentir após o tratamento é muito variável e depende do tipo de peeling a que se submeta.

Sensação de ardência – durante a aplicação do peeling é normal uma sensação de ardência, que poderá ser mais suave ou mais severa, dependendo do peeling selecionado.

Esta sensação pode durar apenas durante o tratamento ou perdurar até 2 ou 3 dias, na maioria dos casos.

Descamação – alguns peelings causam uma descamação temporária. Se for este o caso, é importante não forçar esta descamação com exfoliantes ou outros mecanismos de higiene! A pele tem um tempo próprio de regeneração e as películas que descamam apenas devem sair quando as camadas inferiores estiverem suficientemente regeneradas.

Edema – a pele pode apresentar um ligeiro inchaço generalizado, resultante da inflamação a que foi induzida.

Eritema – alguns peelings podem causar rubor, que está associado ao mecanismo de resposta à inflamação e que pode durar desde alguns dias até 2 semanas.

Secura – no período de recuperação a pele pode estar mais seca.

Que cuidados devo ter depois do Peeling?

Depois da realização de um peeling deverá ter os seguintes cuidados:

Evitar a exposição direta ao sol e ao calor nas semanas seguintes (após o peeling químico a pele fica muito sensível);

Usar cremes hidratantes adequados e protetor solar (em caso de dúvidas, aconselhe-se junto do médico ou esteticista) para manter a pele saudável;

Lavar a pele tratada com sabonete neutro e usar água termal nas zonas tratadas para atenuar a vermelhidão e ardência;

Nunca retirar as crostas decorrentes da descamação da pele;

Evitar exposição a temperaturas extremas.

Existem Riscos inerentes ao Peeling?

A maioria dos peelings decorre com tranquilidade e as complicações são raras. Porém, os riscos existem e são tanto mais prováveis quanto maior a agressividade do peeling. Algumas das complicações mais preocupantes incluem: infecção, formação de tecido de cicatrização e pigmentação pós-inflamatória.

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